quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dói

Não sei, apenas o medo do amanhã me faz acordada. A vontade consciente do que seja o sono, que reluta a aparecer para algo que me alerta, mesmo da sua razão.
Viver novamente, pensei, mas a dor provém do mesmo modo, mas a ferida não aguenta mais, o queimar se torna incontrolável, agora não mais a sensação de dor, mas de não querer mais sentí-la.
Quanto mais aos olhos vermelhos, a dor, a tristeza, a agonia tem de vir, para me dizer, o quanto isso doe, o quanto isso corroe, o quanto estou farta.
Não queria, apenas rir.
Poder uma vez dizer, mas não poder ser correspondida, do que perdi, mas arrender do que vivi??
E saber que de mais, o que provém se torna de algo racional, deixando de lado do que sente para não doer.
Apenas sei, não aguento mais
Um dia a cada qual não se tem, pela troca que posso te dar, não custa do que fui, para apagar do que foi.
Já cansei. A dor é grande, não sou forte a ponto de fingir ou de aguentar
Não mais se posso a tudo isso

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