domingo, 15 de novembro de 2009

Ar

Não soube agir, não soube falar, não soube demonstrar o próprio sentimento que eu tivera.
Nada era farsa, nada era construção, era real mas não sabia te mostrar
Enquanto você me dava tudo, eu via pelos buracos dos muros e me enganava.
Dias de solidão, lágrimas que corroem, vi o quanto eu gosto ainda de você.
A indiscrepância do que fora algo, agora quero te dar a minha segurança a qual você nunca a teve.
Dentro desse mundo fechado, antes muros de concreto, agora na bolha de ar.
Não consigo respirar sozinho, a dor que permanece, abre a velha cicatriz.
Tenho medo, em parte o arredor tenta fortemente se tornar acizentado novamente.
a dor não mais vejo, só esperando e clamando algo a qual não posso.
Te quero agora a mim junto, ter o seu calor, não sei de qual sentido sentir.
Me vejo perdida. Preponderando e tentando levantar novamento o muro frio que havia desabado.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Dói

Não sei, apenas o medo do amanhã me faz acordada. A vontade consciente do que seja o sono, que reluta a aparecer para algo que me alerta, mesmo da sua razão.
Viver novamente, pensei, mas a dor provém do mesmo modo, mas a ferida não aguenta mais, o queimar se torna incontrolável, agora não mais a sensação de dor, mas de não querer mais sentí-la.
Quanto mais aos olhos vermelhos, a dor, a tristeza, a agonia tem de vir, para me dizer, o quanto isso doe, o quanto isso corroe, o quanto estou farta.
Não queria, apenas rir.
Poder uma vez dizer, mas não poder ser correspondida, do que perdi, mas arrender do que vivi??
E saber que de mais, o que provém se torna de algo racional, deixando de lado do que sente para não doer.
Apenas sei, não aguento mais
Um dia a cada qual não se tem, pela troca que posso te dar, não custa do que fui, para apagar do que foi.
Já cansei. A dor é grande, não sou forte a ponto de fingir ou de aguentar
Não mais se posso a tudo isso